segunda-feira, 31 de outubro de 2011

chuva
regando
a noite
calma


lava
e leva
a alma
pra andares
elevados

de clara ação

quero dar um basta
a todo quase


quase amor
quase amizade

e na hora
de colorir
fica cinzento



quero bastar-me
como um bastão
de fogo
seguro
por mãos
firmes
e maleáveis


basta
de amor
pra depois
quero amor
e amizade
cheia de cor
com caqui e amora
ja que aqui agora
ja não rola...


de claro
declaro
meu peito
aberto
cheia de
amor e
carinho
pra trocar


eu quero
um amor
que dure
seu ciclo
natural
que seja vital
tenha ritual
seja colorido
e artistico


e complemente
os espaços
vazios
propicios
pras fusões



domingo, 30 de outubro de 2011

chuva que
rega a noite
adentro

e aqui dentro
em meu cais
um semi caos


choro
acompanhado
pra
amenizar
a ilusão
da dor
da
separação



saudade
eterna
de amor
perene
amor
de pai


ais
se
desfazendo
aqui
e ali


casa
que
reflete
a asa
rebaixada
recolhida



casa
coração
em
reforma

pra
aprender
dar
a forma
e a cor
da ação
do amor



par
seria
de
que
afinal



quero
o abraço
de um
"alguém total"

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ando
sempre
bem
agatonhada
deitar
na
rede
na
noite
suave


olhar
mais
de
perto
as
constelações



ver
no
céu
novas
direções


mapas
estelares
que
conduzem
a
outros
andares
e cantares

domingo, 23 de outubro de 2011

desnudando
descascando
trocando de pele
a parede
mudando

desaprendendo
rigidezes
desfazendo
desprazeres

trabalheira
danada
que é
pra
encontrar
e cultivar
o amor
dentro
da gente
mesmo


tudo
revirado
ao meu
redor


casa
caos
querendo
ser
cara
a
cara
caracol


carregar-se
em suas costas
andar lentamente



ventre
fecundo
doendo
a vida
que não
nasce


fica
ávida
de
vida
de
si
plena


grávida
de vida
clara
pura
arte
que se
lapida
com
constância

que
raios
de sol
me partam
para
dar-me
a luz!



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

choveu
choro
na secura
da saudade
que vai
ser
sempre


terça-feira, 18 de outubro de 2011

depois de toda chuva
vem o vento
varrendo
e o sol
pra clarear
o que foi
limpo


as forças
da natureza
atuam fora
e dentro
da gente


só parar
pra perceber
e deixar
que ela
nos transforme


sempre

que
par
seria?





   yin par
seria

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

tempo privado de meditação
para medir a ação


treino para mergulho
e perder
o orgulho de si mesmo


talento
primeiro
maravilhamento



tenho pressa maternal



tudo pouco mexido



tecidos pouco maleáveis


tem pança maior


tensos paternos movimentos


tentativa para melhorar


tamanha parte minha


tarefa para mineirar


tecendo palavra moida


tocando palavra mantida


trazendo palavra mãe




domingo, 16 de outubro de 2011

vontade de
escrever
inversos
 partituras
de estrelas


cantar
a chuva
que tudo limpa
 e o amor
que não
se finda


ai que vontade
de sair a cantar
que amar
é urgente
que bastou-me
 estar só



quero inaugurar
forma de amar
sem apegar
é pegar
e é também largar


canto
no meu canto
 que tem santo
do pau oco
tem um manto
que me despe
e outro tanto
me entontece



aconteço
no agora
sem amora
vou vivendo
sem amor
vou me morrendo



canto pra
que amar
seja fecundo
 como em
um
segundo

cigarras
e bem-te-vis
cantando
na chuva


sinfonia
do presente
do indicativo
de tempo
bom


primavera
regada
de chuva

lava
e leva
a secura
do chão
do ar
e do coração

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

as cigarras
meditam
com seus cantos
nos crepúsculos

quinta-feira, 13 de outubro de 2011


tons de sim
sintonia


cores de sim
sincronia



quarta-feira, 12 de outubro de 2011


um
agora
amora


uma
amora
agora


um amor
amora
agora



tarde opaca
sem sol
sem chuva
com pouco
de choro
e vela

jazz
pra com
solar
o quem
jaz



mundo de
dentro
pra
vasculhar
retirar
a dor
da tristeza
da ausência
reiterar
a cor
da beleza
da presença


e talvez
a chuva
venha
imprevisível
e nos regue
com um reggae
de liberdade...


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

dançar a vida...
cantar a vida
poetizar a vida


fome de amor
como se
sacia?


só cio?







quase morro
de fome
na noite
que me
devora
noite limpida
de chuva
o sono
se esvai
pra vida
respirar
mais pura
 no silêncio



terça-feira, 4 de outubro de 2011

comi a amora
colhida
guardada
na geladeira

seu gosto
gelado
perdeu
o sabor
do agora
sintonia
sintoma
de harmonia

borago

borago

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