sábado, 7 de novembro de 2015

Descarte Descartes


sinta
seja
logo
viva

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

dúvida 
divide
certeza
soma
multiplica
e subtrae
tudo
o que
trai

domingo, 1 de novembro de 2015

que toda
dor
se trans
forme
em
cor
em
amor
em
ar
dor

sem
ar
de
dor
yin
pacto

yin versos

sina
ou
sino
poeta
coleta
poeiras
do chão
e de estrelas
vai lá fora
só prá ver o céu
se encanta
espantado
que ainda
 brilhe
que a lua
resplandeça
embora
o mundo
tão conturbado
e doente
siga em frente



sina de
manter sempre
a atenção plena
no que vale a pena
indo do
 vale
 a pluma
até conquistar
o poema


sino
dos ventos
que anunciam
alvissareiras
notícias

noite clara
calada
vida
de dentro
se reorganizando
encontrando
o eixo
que nem um seixo
que mostre
e firme a
rota
rocha

extrair
toda
a seiva
do amor
que não
se abriu
em flor
na primavera

doá-la a terra
que vai
saber
transformar
em amor
que alimenta
e encanta


outubro
ou tubo
ombros
curvados
turvados

outubro
ou cubro
com cobre
com ouro
com chorume


choro meu
que vai virar
canção
um dia
quando
o sol chegar
devagarzinho
e adentrar pela
janela
e cobrir meu corpo
de luz

fio da meada
perdido
no meio
do nada

e agora
como caqui
como amora
acho que vôo me
embora






yin possibilidades

estar frágil
e forte
fera e
serena
tranquila
e
inquieta
amarga
e doce
feia
e bonita
silente
e querendo
gritar
armada
e almada
vazia
e plena
com fome
e nutrida
ferida
e curada
felina
e carente
enlutada
e revitalizada
o peso
faz o contraponto
da leveza
a sombra
da luz
a feiura
da beleza
a tristeza
da alegria

as vezes fica tudo assim
a revelia
revelando
todas as nossas faces
que por mais
que tentamos ocultar
vez ou outra
se escancara
na frente
e por trás
do espelho

em vez de espalhar
reunir
esses eus
e assemelhar-se a Deus




quinta-feira, 29 de outubro de 2015

mais uma semente
de amor e amizade
que se vai sem florescer
nem frutos oferecer


será que o solo
estava anêmico
faltou mais energia
anímica
mais sol
mais água
mais terra
mais algum
adubo fértil


amor é como
uma planta
que quando cuidada
regada
irrigada
dá o seu máximo

as plantas um dia
morrem
secam
e voltam pro solo
e transformam-se
em húmus


quero então
aprender com este
fim de ciclo
a arte
de me amar
e ser humilde
deixar todo sentimento
vão que vem
e me nutrir
das coisas
boas e importantes
que estão ao meu lado
esperando minha ação


vou voltar prá terra
é dela que toda fonte
primordial e vital
renasce


como sou grata
por morar numa casa
com quintal
e dentro da maior
cidade com
floresta em
si

terça-feira, 20 de outubro de 2015

o poema
precisa da
dor
assim como
dos pássaros
das flores
dos amores
e desamores


extravasa
o que poderia
virar doença
descrença
desavença

poema
surge
de onde
as ondas
da razão
se encontram
com a da emoção
e num vai e vem
levam e trazem
novas águas


deixar ir embora
o que não aflora
não floresce
mesmo que doa
doar-se ao presente
como se apresenta
sem disfarce
sem engano
e manter o plano
de ser plena
radiante
e amar
sendo feliz
sempre que
possível
bem-me-quero
e não preciso despetalar
a flor
prá saber
se alguém bem ou mal
me quer


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

fim do que nem sei como se diria
mas queria dizer o indizível desses momentos
onde tudo parece em suspenso
quando finda aquilo que parecia ou era amor


queria ultrapassar seus limites
suas mesmices cansadas
da pretensa garantia
da presença do outro num laço constante

e, no mais breve instante
tudo ficando yinconstante
e ansiando uma distância

mas ainda assim quero do amor
aquilo que insiste
em investir
querer conhecer, desvendar
e adentrar em novos caminhos
e mesmo que de mãos não dadas
prosseguir tecendo uma forma inaugurada
de união, conexão, comunhão

de maneiras variadas
tentamos tecer juntos
num pacto silencioso
envolvermo-nus
experimentarmo-nos sem definições

e por mim
ainda prosseguiria assim
por nós
e pelo amor
que insisto
invisto
e persisto
em aprender
a ser


é estranho ver tudo se desfazendo
em sentimentos confusos
sem fusão
talvez seja este o melhor caminho
deixar que o tempo
se encarregue de carregar
o que não serve
que não floresce
apenas se esvanece
como se fosse frágil
como se fosse pluma
como se fosse vento
mudando as coisas do lugar-comum






domingo, 13 de setembro de 2015


poesia que vejo e ouço através da chuva
com seus pingos ritmados no telhado
no chão, na terra
nas flores que amanhecem multiplicadas e sorrindo
coloridas
marias-sem-vergonha que hoje percebi
terem aumentado espantosamente
por obra das águas que caem do céu
e anunciam a primavera
coisa que me espanta
e ainda mais me encanta
é ver esse poder que a natureza
carrega de sempre manifestar seus ciclos
com tanta precisão
apesar de toda poluição
vejo poesia num bebê
com seus ruidos incompreensíves
e uma mãe que conversa com doçura
sendo capaz de entender cada som que ele exprime
poesia mais escancarada tem sido
um pequeno galho de jasmim
que colhi há uma semana
descendo o morro de santa tereza
numa noite ( apesar de ter sido recomendada
a não descer por ali por ser perigosa)
dos perigos que encontrei junto com um amigo
foram estes
uma coruja contemplando a noite
no fio de um poste
( a primeira vez que vi uma coruja vivendo há 3 anos nesta cidade)
um pequeno prédio com vários pés de jasmins
todos carregados de flores ( daqueles branquinhos que parecem
estrelinhas ) e jasmins-mangas
e um morador muito simpático e gentil, que esperava seu cachorro passear,
quando me viu deslumbrada com as flores, disse que eles ainda não estavam no auge
trouxe então este pequeno galho que há muito queria encontrar pra poder plantar e o coloquei num copo de água
ele não para de florir, cairam florzinhas e mais florzinhas no chão da cozinha
agora ele veio pra mais perto, do lado da cama e é impossível não olhar pra ele com seus botões e florezinhas abertas, esbanjando vida, perfume e encanto
esse pequeno galho vai receber um leito de terra após essas chuvas mas me mostrou o quanto se adapta a agua e em outros ambientes.
meu mestre Jasmin tem me ensinado muitas coisas por estes dias
e acho que a vida é rodeada de poesia
e desejo que ela contagie principalmente as pessoas que se perderam na ganância e esqueceram da magia disponível que a vida dá, de graça!

quarta-feira, 6 de maio de 2015

elogio a autonomia


dos desafios de ser
livre no trabalho
sem estar em pregado
sem ter chefe
de dar conta do recado
por conta propria
de respeitar o proprio ritmo
e com fiar
no fluxo
muito rico é em
pleno outono colher
os frutos do trabalho
tudo chega no
momento oportuno
em forma de graça
porque a surpresa da
yinstabilidade
do sustento
chega em forma
de alento
que alimenta
de forma plena
corpo
e alma
e tudo mais
que em mim
existe e se recria
em cada novo
agora
como queria agora uma amora
mas aqui tem só um caqui!
chá de canela com alecrim
cerimônia sem fim
fiz prá mim
Alvoroço
Alvo
Roça
Pés
Plantados
Em chão de terra firme
Bem regado
Por rios e riachos
De um lugar
De ligar
O eu com Deus
Nas montanhas
Mares ou
Outros lugares
Templos
Que meu espírito
Possa contemplar

borago

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