segunda-feira, 19 de outubro de 2015

fim do que nem sei como se diria
mas queria dizer o indizível desses momentos
onde tudo parece em suspenso
quando finda aquilo que parecia ou era amor


queria ultrapassar seus limites
suas mesmices cansadas
da pretensa garantia
da presença do outro num laço constante

e, no mais breve instante
tudo ficando yinconstante
e ansiando uma distância

mas ainda assim quero do amor
aquilo que insiste
em investir
querer conhecer, desvendar
e adentrar em novos caminhos
e mesmo que de mãos não dadas
prosseguir tecendo uma forma inaugurada
de união, conexão, comunhão

de maneiras variadas
tentamos tecer juntos
num pacto silencioso
envolvermo-nus
experimentarmo-nos sem definições

e por mim
ainda prosseguiria assim
por nós
e pelo amor
que insisto
invisto
e persisto
em aprender
a ser


é estranho ver tudo se desfazendo
em sentimentos confusos
sem fusão
talvez seja este o melhor caminho
deixar que o tempo
se encarregue de carregar
o que não serve
que não floresce
apenas se esvanece
como se fosse frágil
como se fosse pluma
como se fosse vento
mudando as coisas do lugar-comum






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