domingo, 31 de janeiro de 2010

o sono
vai chegando
no silencio
da noite
de brilho
opaco

palavras
acompanhando
instantes
unitários
lua cheia
de brilho
opaco

silencio
noturno
de cio
sem sacio

negros gatos
dormem
tranquilos...
quantas
solidões
ocultam
o claro
da lua?

quantas
palavras
podem
ser
necessárias
pra
definir
um
estado
do ser?

que
claridade
pode conter
a escuridão?
nubla
a lua
no céu

cheia
translúcida

guardo-me
em mim

sábado, 30 de janeiro de 2010

paz rapaz
clareie
sua mente
como num
repente
seja
diferente
daquilo
que
nem
sabes
como
e
porque
sentes


em paz
rapaz
és capaz
audaz
és
quem
jaz

jazidas
trazidas
de
idas

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

NÃO GOSTO DE UNIFORME
GOSTO DE UNIR FOME

domingo, 24 de janeiro de 2010

A LOUCURA
CURA
QUANDO
NÃO FURA
O LIMIAR
DA FÚRIA
GATOS
PRETOS
BRANCAS
NOITES
POR ACASO
PURO OCASO

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

sem fusão

confusão!
sentindo bem
nem lá no fundo
esse desafeto
dói

então
a conclusão:
foi só
uma
confusão

sem fusão!
desejo desfeito
platonismo
desbotando

ainda bem
que existe
arco-iris
pra alegrar
quando a vida
encena
preto-branco
primeiro arco-iris
no primeiro
dia aquariano

sinal colorido
que a vida
dá após
a tormenta

sincronia
sinfonia
sintonia
a tristeza
já não
mais
me abala
nem a decepção

e nem estou
endurecendo
apenas
amadurecendo

aceitando
o que a vida
me ensina
sem resignação
apenas
não ação

sentimentos
transmutando-se
em cantos
cada dia
a certeza
de que o
que é
é
e o que não
é
não era mesmo
o melhor

aprendizado
constante
que a solidão
determina

eu
sendo
inteira
aprendiz
e atriz

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

seja
como
flor

riminhas

todo dia uma poesia
todo dia uma alegria
todo dia uma fantasia
todo dia uma revelia
tomo banho
no riacho
rio e me acho

hai-kai caído

é deixar
c
a
i
r
tudo
o que vir
Quero
todo
o dia
amante
verso
yinverso
universo
parto
sem dor
para
ser natural
tem dia que é preciso
não fazer o que é preciso
mas o que é precioso
mesmo que precise
ser ocioso
toda
pedra
pode
ser
preciosa
escrevo porque
 estou tonta
ou porque
sou tanta?

tanto faz,
escrevo
porque
a palavra
me lavra
me encanta
me espanta
me jaz

via estrelar

Houve um tempo
em que meu ser
apenas a noite tecia
através da via
que estrelava

TEMPORAL

O TEMPO SERÁ
TEMPORAL
OU TEMPO ORAL?
QUE COM SUA
ENORME BOCA
VAI NOS
DEVORANDO?

CONSUMISMO

COM SUMISMO
COM SUMISMO
COM SUMISMO
COM SUMISMO
COM SUMISMO
COM SUMISMO
COM SUMISMO


CONSUMIR
É
COM SUMIR

VAI FAZENDO O EU SUMIR DE SI

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

AI TI

Haiti
ai em ti
ai em nós
e agora
o que será
desse nosso
mundinho
estremecido?

onde encontraremos
abrigo
até que tudo
volte
a seu lugar
natural?

todo apogeu
declina

o velho se vai
pro novo
surgir

carência

boca
molhada de vinho
sedenta
de carinho
inventar
é inventar
dentro




0bs: esse micro-poema, tem uma história de sincronia ou  (yin)- consciente coletivo.
Essas palavras me inspiraram ja há alguns anos, quando morei em Curitiba, a registrei num caderno e guardei, foi no ano de 1998.Em 2000, lendo um livro do Arnado Antunes, encontrei a mesma idéia escrita assim:
Invento
vento
dentro
fiquei emocionada, acredito que captamos a mesma coisa em momentos e lugares diferentes como já deve ter acontecido e acontece nessa vida misteriosa e cheia de poemas....o registro aqui é só pra garantir que não é plágio não!!!!
reflito
aflita
o tempo
me reflete
inerte

alucinação

a lua
assina
a ação

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

borago
a flor
que traz
a coragem
e alegria
um hai-kaizinho:

ai,
cai
sozinho
adentrar a caverna
cavar a  alma
iluminar -se do escuro
sombrear-se de sol
o céu
estrelado
da boa noite
a todos
antes de dormir

escaldar os pés
com água, sal e
ervas
tomar chá de flores
ouvir uma música
suave
sentir um aroma
de incenso
dar boa-noite
ao céu
sendo grato
as estrelas
e a lua
e ao frescor
das noites de verão

auto-cuidado

tempos de grandes mudanças
mundo estremecendo
tanta coisa ruindo

no corpo
tensões, dores
desconforto
processo global
de mutação
preparo pra
novo alinhamento

tempo de despertar
mudar tudo o que resiste
amolecer toda rigidez
abrir o coração
e deixar a alma
se alar

fazer o que é necessário
ter consciência
da transição

domingo, 17 de janeiro de 2010

eu quero ver
o novo mundo surgir
onde a natureza é
o templo sagrado
e os seres vivem
todos integrados
 com tudo
quero ver a
 água pura
a terra que cura
o ar que depura
o fogo que apura
quero ver o índio
livre e comungando
sua essência
sem a influência
do homem que se acha superior
quero ver a criança crescer
sem ser violentada
sem ser podada
quero ver  toda
a  humanidade
em  comum unidade
nosso planeta
se estremecendo
tudo sendo abalado
a natureza em revolta
pra colocar tudo em seu lugar
o cais após o caos
a harmonia após o conflito
tudo na vida segue
em cada evento
um ensinamento
o que será de ti
Haiti?
haiti

quanta dor
 há em ti
até quando essa solidão
vai me acompanhar?
até quando esperar
pelo grande encontro
que faz a vida ter novo brilho
novo encanto
que só a paixão
que se reflete nos olhares
é capaz de dar?


vontade de compartilhar
os reconditos de mim
a poesia é companhia da solidão
palavras que alam
a alma
levando pra longe
a tristeza de estar só
no meio da noite
uma criança chora
a ausência dos pais
qual o tamanho da dor
que esse choro tranporta?
de quantas dores e vazios
um ser se constitui?
um solitário
sol unitário
no instante mais noturno
na solidão mais fecunda
a alma encontra
seu lugar de abismo
no silêncio escuro
iluminado de estrelas
o vento comunica
sussurros de ternura
no entrecortar da noite
quase meio do caminho
pro dia que vai nascer
um lampejo de certeza
de que tudo está bem
como está
e que ser pedra
as vezes é bom
solidão protetora
esconderijo do risco
solidão fortalece
ou enfraquece o vínculo
solidão acomoda
ou quem sabe incomoda
solidão ensolarada
ou enluarada
solidão acompanhada
de felinos,
amigos virtuais
solidão que amplia
a alma
solidão que endurece
solidão que idealiza
solidão que descarta
noite de lua se renovando
no céu, marte a brilhar
com sua luz rubra
estrela guerreira

TEMPLO SEM MÉTRICA

Cada dia de existencia
é um evento sagrado
de um tempo de agrado
a esculpir tua essência

o tempo não é o da hora,
do minuto,nem do segundo
mas o de tua alma agora
num descobrir-se profundo

agrada a tua essência
que sagrada é a tua existência
faz de cada agora
a mais importante hora
podes tornar-te profundo
em menos de um segundo!

borago

borago

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