segunda-feira, 31 de maio de 2010

agora
mais do
que nunca
é preciso
sair do
umbigo
tanta
coisa
ruindo
não

pra ficar
cismando
sofrendo
com coisa
pequena
o mundo
pede socorro
pede paz
luz
e amor
que emana
dos nossos
corações
há muito
por fazer
manter
a intenção
com toda
concentração
irradiar
harmonia
purificação
pra que
a terra
grande mãe
volte
a ser
o paraiso

salto solto

pro salto
é preciso
estar
solto

domingo, 30 de maio de 2010

como pode
alguém tão
complicado
ensinar
que tudo
pode ser
tão simples?
translucidez

tudo claro
sereno
cada coisa
voltando
pra seu
lugar


sentimento
sem ressentimento

ilusão
sem decepção

solidão
bem acompanhada
de mim mesma

certeza
serena
de que
tudo
sempre
se eleva


então
me deixo
levar
enlevada
de vida
leve
revirar a alma
ir no avesso
de si
e voltar
unificado

retirar
as camadas
os véus
toda máscara
todo medo

revelar
o eu essencial
em plena nudez
o amor que
a gente tanto
procura
no fundo
tá dentro
da gente
mesmo

o outro
é apenas
extensão
a manifestação
física
que complementa
porém não completa

a completude
é tarefa individual

liberar um desejo
um anseio
uma paixão
é criar espaço
pra unidade
é ancorar
a presença
divina
que tudo
transforma
ilumina
e recria

superar
o vazio
ir além
das convenções
adentrar
no próprio
mar
e amar
além
do que
se fita
dia claro
alma livre
corte se
fechando
sem dor
aceitação
de tudo
que não
é
presente
aberto
descoberto
solitude
com atitude
de sol
e altitude
amor-próprio
mergulho
interno
na fonte
de águas
puras


tudo
se realinhando
se curando
na procura
eterna
do centro
onde tudo
é silêncio
harmonia
e sinfonia

sábado, 29 de maio de 2010

De cisão

de corte
em corte
em busca
da verdadeira
côrte

liberação
de todo engano
e ilusão
prontidão
pra amar
sem expectativas
nem definições
limpando o espelho
pra que a verdade
transpareça
tudo se revele
que o reflexo
seja lunar
ou solar
apenas de luz


sombras
cinzas
dispenso
pro lugar
de amar

no coração
apenas o vazio
pronto
como cálice


na noite escura
de lua clara
tudo dentro
em mim
se transforma
fica lilás
e límpido

ruptura
pra descobrir
nova aventura
desligada
de águas
passadas


como se fosse
uma nova casa
pronta pra
ser morada
e decorada

corpo metáfora
de casa
com asa
esqueço
agradeço
aceito o
que não é

continuo aberta
de corpo
alma
e espirito

na jornada
individual
mantenho
meu centro
meu foco
meu fogo

integrada
vou
atrair
outra
unidade
pra polarizar
energias
e expandir
o amor

sem pressa
sem presa
pois amor
flui
sem controle
nem medo
sem apego

apenas acontece
como mágica
encanta os olhos
a alma
faz tudo
se harmonizar
sei que a solidão
fortalece
mas também
endurece


na solidão
se acostuma
com a ausência
do carinho
do fogo
da entrega

é na solidão
que se chega
perto
do cerne
da essência
mas depois
é preciso
a companhia
a parceria
pra compartilhar
a vida
os sonhos

qual o segredo
pra atrair
a alma
companheira
aquela que
faz a vida
ficar
de outra maneira
mais alegre
mais clara
mais leve!

lua cheia
me dá
um amor
com gosto
de amora
agora!
lua branca
que se enche
no céu
abençoa
a noite
fria
e minha
alma
vazia
aflita
de solidão
mente que vagueia
incendeia
as vezes clareia
as palavras
mostram
o que vai
dentro


desejo
de claridade
de busca
da verdade


de conhecer
o mistério
da alma


o desejo
de ir
fundo
fusão
do
encontro


de olhos
fechados
a claridade
da beleza
da possibilidade
do encanto
luto
ou
luta


espero
ou
desespero


insisto
ou desisto

impulso
ou
repulsa

busca
ou
afastamento


quando
tudo
fica
sem
solução


a não ação
é a unica
possibilidade


estranho nada
fazer
deixar
o tempo cuidar
do que
tiver de ser...


sair do controle
retirar a expectativa
ficar no vazio


no vácuo
claro
do
amor
conversa
sem verso
inderditada
silêncio
ruidoso
o tal
segredo
de liquidificador


energias
em profusão
ebulição
no coração


corpo
aberto
pro amor
aos poucos
tudo se clareia
encontra seu lugar
cada um o seu par


o caos
vira cais

a dor
vira amor

a tristeza
alegria

o parto
uma chegada!
no fundo
a resposta
é sempre
cristalina
na superfície
é que tudo
se turva
desejo
do ego
de querer
que tudo seja
como ele quer
nem sempre
é o melhor
e o que a vida
requer


no fundo
o que é amor
é livre


então o
aprendizado
de agora
é a espera
a ciência
da paz:
paciência
cultivar
o amor
dentro
pra se manifestar
em cores
em flores
e aromas
quando
o momento
fecundo
chegar!
quando saber
se aquele
que a gente
pensa que é
é ou não é
nossa parceria
pro amor?
quase perco
a fome
tanta
vontade
de devorar
o que sinto

fase
cheia
de paradoxos


prontidão
pro amor
e dispersão
no encontro

tanta solidão
as vezes cansa...
como abrir
os caminhos
do coração?
onde está
a chave
a porta
a comporta
que libera
as águas
claras
que limpam
as emoções
fazem os olhos
brilhar
de encanto
de espanto
por tanto
amar


porque trilhar
caminhos cruzados
triângulos
obtusos
confusos

quero
a liberdade
do encontro
pleno
sem resquícios
de passado
sem elos
cansados
sem rosas
murchas

quero a
conexão
pelo
coração

quero carinho
caminho macio
calor
muita flor
e amor

compartilhar
o trilhar
cada qual
em seu caminho


quero
um amor
que seja
devoção
de que matéria
é feita o
que a gente
sente
aquilo que
não se entende
aquilo
que por mais
que se tente
escapa
da mente

aquilo que brota
na alma
no peito
acorda o corpo
faz a gente
sonhar
desejar
querer
encontrar
com aquele
alguém
que nos
imanta


e quando
o encontro
parece impossivel
a distância
o obstáculo
a presença
de um outro
que deixa tudo
com jeito de
intransponível
indisponível
e ainda assim
algo dentro
lateja
aguça
quase vira
obessão

de onde vem
isto que desponta
desperta
atiça
em momentos
parece ser mútuo
de de repente
se esvai
como vida
que se morre
aos poucos


e o desejo
a possibilidade
disto ser amor
ser belo
ser encanto
magia


onde a gente coloca
aquilo que foge
escapa
e ainda assim
permanece
dentro?

a gente
guarda
aguarda
revela
ou acende uma vela
pra que tudo fique
claro e
aquecido?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

ego que ainda
reage
quase foge
ruge

eu que ainda
sofre
desamor
desilusão
cria separação


processo de
ruptura
liberação
de tudo que
não é

auto-engano
espelho embaçado
meias-verdades

vontade de
ir além
transcender
ser só
luz e amor

quero
me entregar
e me integrar


sair da dualidade
ser simples
unidade
pulsando
na verdade

quarta-feira, 26 de maio de 2010

superar o
incompreensível
suplantar
a dor
que nasce
no coração
nada fazer
quando
tudo for
denso e
suspenso
relaxar
afrouxar
cantar
feito
rouxinol

terça-feira, 25 de maio de 2010

silêncio

cio
em si
afeição
que de repente
vira rejeição

encanto
que se desfaz
virando
espanto

onde colocar
o que se formou
por dentro
desejo
de acolhimento
proximidade
intimidade

tudo em vão
tendo que ser
desfeito
tirado do peito

como algo
doce
tão rapidamente
fica amargo

aprendizado
de desapego
desejo camuflado


sentir até o fim
o que essa história
tem pra ensinar...
onde se esconde
o afeto desfeito
feito éter

a palavra
doce
que de repente
quase vira fel

a presença
amorosa
que do nada
se afasta

o desejo
do beijo
que se
desfez
num lampejo


a possibilidade
do encontro
que se
despiu
do encanto

segunda-feira, 24 de maio de 2010

mar coberto
de óleo negro
revelando
a escuridão
humana
chegou
abriu uma fenda
saiu
nem se despediu

o que ficou
suspenso
no ar
sem saber
como acabar
causou
uma cisão


sensação
sem som
cor
nem cheiro
vazio
obscuro

desejo
que escoou
sem deixar
vestígios

sexta-feira, 21 de maio de 2010

aprendizado felino

fico arisca
com quem
não arrisca

quinta-feira, 20 de maio de 2010

vida cada
vez mais
clara
e viva

nada mais
afeta
com a mesma
intensidade
dor nem
sofrimento

tudo ilusão



momento de
expansão
consciência
da luz
da totalidade

cura dos medos
das limitações
harmonia
sendo restaurada
a todo instante


viver
é um
bem precioso!
o fogo
ja apagou
meu coração
se acalmou

tudo pronto
tudo vazio


tenho as mãos livres
e o coração aberto

quero o amor
sem temores
sem controles


quero amar
em liberdade
quero manter
toda amizade

e realizar tudo
que sou
transcender
transparecer
transcrescer...
transcender

acender
a luz
de dentro
nunca permitir
o escuro da alma
prevalecer
manter o foco
no alto
da montanha
no brilho
da lua
e do sol


permanecer no agora
retirar o véu
de maya
ter olhos
claros
na cara
e na alma

não entrar no jogo
aceitar o fogo
desde que seja
o sagrado


tudo é dentro
o fora é
só artifício

a cura
é a procura
do que
ja existe
no dentro
foi bacana
mas também
foi sacana
foi só
um jogo
o fogo
era de palha
se acabou


chega de
ser lenha
na fogueira
alheia

quarta-feira, 19 de maio de 2010

yinspiração


e agora
que toda
loucura
seja
pura
cura




que
cada
parte
alcance
por fim
sua unidade


que toda
confusão
encontre
a própria
fusão
sem medo
sem jogo


pra que
tudo
seja como
flor
foi encanto
foi espanto

foi tanto
que agora
em meu canto

só o canto
me acalanta
matéria que sai
das artérias
é poesia
é revelia
é sentimento
sem sentido
que vem e vai
sem deixar
sinal
de fumaça


é matéria pra poesia
sentir
e dessentir
chegar e partir
unir e separar


amar
e desamar
desarmar
o que era
armação

e a solidão
que sempre
prevalece
solitude
pra alcançar
unificação


amar
sem
aprisionar
alma que desagua
na noite fria
aprendizado
do vazio
apagando
o apego
o quase afago
ou o quase
que me afogo


afogo
ou há
fogo?


desaguo
ou seco


rio
ou
morro


renasço
das cinzas
do fogo que
mal acendeu
se apagou...


onde foi
se esconder
aquilo que
parecia ser
encanto?


volátil
ou
aprendizado
do instante
que passa
só pra
ser
passagem

um rito
um grito
espelhos de
centelhas
cada qual
com seu brilho
singular


vontade de
proximidade
fusão
sem confusão


qual a
tessitura
desse
encanto?


choro contido
de tamanha
indefinição


ausência
que comporta
tanta presença
no meu dentro


e o choro
que não sai
por não saber
o que sentir
nem como agir
reagir...


retirada
fechamento


buraco no peito
antes continuasse
o vazio de antes


agora
nem caqui
nem amora


o silêncio
da espera
sem qualquer
perspectiva:
puro
salto
no escuro


ou no mais puro
do amor
que pode
ser
o que tiver
de crescer

segunda-feira, 17 de maio de 2010

mudo plano
outro que chega
e se vai
da mesma maneira


entra
revira
e se vira...


me deixando atônita
afônica


mais distante


tão longe
e tão perto
do certo
de mim...
minha paz
não se desfaz
nem quando
meu ego
me engana


minha paz
nunca jaz
porque
é colhida
na certeza
da vida


vida que não morre
nem se encolhe

só se acolhe
e escolhe
o caminho da serenidade
quero um mantra
como manta
pra aquecer
e cobrir meu coração

quero
alar meu coração
quando ele
quiser se fechar
se recolher
se esconder

desacreditando do amor



porque o amor
está em mim
e o encontro
das almas
companheiras
chega um dia
pra revelar
o espelho
cristalino
que mora
dentro do peito
e a gente sozinho
acha que não
pode ver
quando
a fusão
parecia
estar
a caminho
a confusão
se precipita
e tudo põe
a perder

porque a mente
que controla
antecipa
planeja
caminha
por trilhos
tortos
e mortos


sair do agora
é estar
fadado
ao fracasso
o fracasso
do amor romântico
cada dia mais explícito
como se não fosse
possível
a arte do encontro
da cumplicidade
parceria


tempos de reclusão
solidão
como se amar
fosse vácuo


o amor não
se encontra
no outro
é na gente
que precisa
estar latente


cuidado
pra não quebrar
o que se cria
atraves da magia


encantamento
nasce onde?
vontade de proximidade
é carência
ou ligação
sobrenatural?

agora
só duvidas


certeza
que sozinha
posso
apenas me proteger
sair de cena
cair de pena
colocar de novo
o coração no lugar
vazio
como acaba
o que nem começa
como choro
que não desagua
porque o oco
da garganta
cala
quer colo
a voz
que não
diz

quer afago
quer abraço
mas não tem
não pode
o abraço
distante
que se ocupa
de outros
braços


contato
sem tato
desfeito
antes
de abrir
o peito


sensação
de suspensão
de mente
que vagou
em vão
no meio
de nova ilusão


e o frio
deixa tudo
ainda mais
denso

sem flor


casulo
pra proteção
cuidando
pra não
ser couraça
por pirraça
por desgraça

onde a alegria
nunca acaba?
onde e quando
o amor
ocupa seu lugar
de sempre?

a finitude
do que se desfaz
como gaz
onde jaz?


é só dentro
da gente
que pode
e deve caber
amor?

me fecho
me abro
me desabo
me abro
me acabo
me começo
me contenho


o outro
que em mim
quase aninha
em breve
se desalinha
o eu
que no outro
quase se revela
se desvela
se esguela
precisa
se retirar

domingo, 16 de maio de 2010

tudo voltando
pro lugar
casa em ordem
pensamentos
sentimentos
atitudes
em harmonia
depois
da desordem
a certeza
de que tudo
sempre
tende ao
equilibrio
a paz
e ao amor

sábado, 15 de maio de 2010

tenho os olhos
cheios d'agua
o coraçao
saindo pela
boca
e um nó
na garganta
querendo desatar
tudo clarear
tudo amar
o reflexo
das roupas
espalhadas
pelo chão
espelham
o despir
de toda
ilusão
abrir o coração
despir os medos
as normas
as formas


existir
sem resistir
ser tudo
no todo

encontrar o eixo
o seixo
o desfecho

conectar
a essência
a florescência
a luminescência
da inocência

amar
alar
ser
pleno
e ser solto
toda procura
é uma
pró cura
processo lento
de organização
revisão
interna
completa
limpeza
arrumação
transformação
o caos
ajuda na
desconstrução
quando
acaba
tudo
se renova
agora
a desordem
vai embora
cada coisa
vai pra
seu lugar
minha roupas
meus sapatos
meus livros
papéis
objetos
meus lixos
minhas loucuras
medos
desejos
procuras
abrigos
carinhos
e amores
nos sonhos
a vida
prossegue
resolvendo
conflitos
revelando
direções
apontando
soluções
e novas
percepções


acordada
muitas vezes
não vejo
a cor
que é dada


no sonho
mistérios
deixam
de ser
sérios


a teia
da vida
se destrama
se desdrama
me esparrama

sexta-feira, 14 de maio de 2010

tirar a máscara
a persona falsa
que mostra
a cara
sem a coroa
real

medos
máscaras
fantasmas
conceitos
camadas
e camadas
maquiadas
de tudo
o que
acham
ser
o normal

viver
de forma
natural
selvagem
essencial

ser
o ser
original
feito
para
o amor

quinta-feira, 13 de maio de 2010

e esse caos
que não se desfaz
que reflexos
me traz?
tudo pelo chão
em total
desarrumação

revendo
conceitos
elimando
todo pré
pra que
tudo seja
em prol
do que
é verdadeiro
alegre
luminoso

bagunça que
reflete
processo
de desconstrução
dissolução
e reorganização

caos
que
vai
virar
cais

borago

borago

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